domingo, 29 de abril de 2018

A Arte de Julgar os Outros

Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. E os pais desta família compraram um filhote de pastor alemão.

Então começa uma conversa entre os dois vizinhos:
– Ele vai comer o meu coelho!
– De jeito nenhum. O meu pastor ainda é pequenino. Vão crescer juntos e vão ser amigos!!!
E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cão e vice-versa. As crianças estavam felizes com os dois animais.
Eis que o dono do coelho foi viajar no fim de semana com a família. E não levaram o coelho. No domingo, à tarde, o dono do cão e a família comiam um lanche tranquilamente, quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra e morto. O cão levou uma tremenda surra! Quase mataram o cão de tanto agredi-lo.
Dizia o homem:
– O vizinho estava certo. Só podia dar nisto!
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?!
Todos olhavam uns para os outros. O cão, coitado, chorava lá fora, enquanto lambia os seus ferimentos.
– Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível:
– Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois secamo-lo com o secador e colocamo-lo na sua casinha. E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo. Parecia vivo, diziam as crianças.
Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.
– Descobriram!
Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
– O que foi?! Que cara é essa?
– O coelho, o coelho…
– O que tem o coelho?
– Morreu!
– Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
– Morreu na sexta-feira!
– Na sexta?!
– Foi. Antes de viajarmos, as crianças enterraram-no no fundo do quintal e agora ele reapareceu!
A história termina aqui. O que aconteceu depois fica para a imaginação de cada um de nós. Mas o grande personagem desta história, sem dúvida alguma, é o cachorro.
Imagine o coitado, desde sexta-feira à procura em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre o seu amigo coelho morto e enterrado.
O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para os seus donos, imaginando que o fizessem ressuscitar.
E o ser humano continua a julgar os outros…
A outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que de fato aconteceu.
Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?
Histórias como essa, são para pensarmos bem nas atitudes que tomamos.
Às vezes, fazemos o mesmo…
A vida tem quatro sentidos: amar, sofrer, lutar e vencer.
Então: AME muito, SOFRA pouco, LUTE bastante e VENÇA sempre!!!

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