terça-feira, 16 de agosto de 2016

Campo de concentração de Sachsenhausen

Entrada do Campo de concentração de Sachsenhausen





Conhecer Berlim foi uma das grandes experiências na minha vida. Sempre
leio relatos de pessoas que sobreviveram e outras que morreram em campo
de concentração por causa de sua neutralidade religiosa. Assim, nas pesquisas antes de viajar, conhecer um campo de concentração me deixou ansioso.


Entrada das instalações do Campo de Concentração Sachsenhausen


Portanto, reservei um dia inteirinho para conhecer o campo de concentração de Sachsenhausen que fica em Oranienburger a uns 40km de Berlim.

Não é difícil chegar em Sachsenhausen. Mas eu sugiro que vá cedo, pois de Berlim até a estação de Oranienburger vai de comboio, e de lá  até o museu são 20 minutos a pé por ruas sinalizadas ou de autocarro que leva menos de 10 minutos, mas que só passa de hora em hora.


A entrada é gratuita e 3 euros pelo audioguia, disponível em vários idiomas inclusive em português, com direito ao mapa do local.

Vou contar um pouco da história deste campo para entendermos o contexto de sua atividade.

De 1933 até 1934, na cidade de Oranienburger, funcionou o primeiro campo de concentração da Prússia, controlado pelas forças da SA ( Divisão de Assalto) que usava e abusava do terror contra aqueles que eram contra o nazismo. Depois que a SA perdeu o poder, a SS ( Schutzstaffek), polícia que protegia Hitler e seus interesses, assumiu o campo que foi fechado em Julho de 1934. Neste período foram presas mais de 3 mil pessoas e cerca de 16 foram mortas. Lembrando que este campo não é o mesmo de Sachsenhausen.

Em 1936 é construído o campo de concentração de Sachsenhausen e de 1936 até 1945 o campo esteve sob o comando da SS sendo o primeiro campo de concentração construído após a nomeação de Heinrich Himmler, chefe da SS. A posição do campo era privilegiada, próximo a capital do Reich, Berlim, e local de treinamento do pessoal da SS. Mais de 200 mil pessoas foram presas e outras tantas foram mortas de 1936 a 1945.

De 1945 até 1950, após o fim da Segunda Guerra Mundial, os soviéticos ocuparam este campo que passou a receber os funcionários de baixa patente nazista, os condenados por tribunais soviéticos e pessoas ligadas ou não ao nazismo. A partir de 1948 tornou-se o maior campo na zona de ocupação soviética. É importante mencionar, que os soviéticos não utilizaram o crematório nem as instalações de extermínio. Até à sua desativação, neste período,  passaram cerca de 60 mil prisioneiros e morreram uns 12 mil por vários motivos.


Agora vamos conhecer as instalações do campo de concentração.


A visita começa pelo muro onde há várias fotos que mostram distintos momentos do controle nazistas sobre o campo e a libertação dos presos. Esta é a rua principal por onde entravam os prisioneiros. São cenas para reflexão.

A vida no campo de concentração

Prisioneiros com o uniforme listrado e algumas cenas de como viviam os soldados nazistas.

Seguindo o roteiro, passei por algo que a princípio parecia um cemitério, mas na verdade eram placas comemorativas e esculturas em memória de grupos de prisioneiros ou prisioneiros individuais que foram mortos no campo.




Na porta do campo, há a famosa frase alemã:

Arbeit macht frei : "o trabalho liberta"

Esta frase passava a ilusão de que por meio do trabalho eles poderiam ter a liberdade. Por este portão, passavam os presos que poderiam sobreviver ou morrer neste campo.Tenhamos em mente que este não era um campo de extermínio como o de Auschwitz na Polónia.

Passei o portão e andando mais um pouco cheguei nos barracões que serviam de alojamento. Há exposições em cada barracão com biografias, utensílios, roupas e fotos explicando como era a vida dos prisioneiros nestes alojamentos.

Cerca de 400 homens dividindo este mesmo espaço.
Imaginei centenas de presos judeus, num espaço tão pequeno e sob condições indignas. Nos dormitórios espalhavam-se mentiras, especulava-se a situação da guerra e assim se instalava um clima de medo e desconfiança.

Local para banho

Centenas de pessoas acordavam sob gritos e tinham que se lavar rapidamente e fazer suas necessidades sob vigilância dos nazistas. Tudo era cronometrado.

Depois, vi a zona neutra.


Zona neutra - quem se atrevesse a passar esta área era fuzilado imediatamente

Caminhando mais um pouco, cheguei na antiga cozinha dos prisioneiros, hoje há ilustrações e objetos que representam os acontecimentos da história no campo de Sachsenhausen, entre eles, chamaram-me a atenção:


Instrumento de tortura como mostra a ilustração acima desta foto.
Identificação dos prisioneiros por meio de triângulos, cores e letras:

Triângulo vermelho: comunistas, dissidentes políticos/ Triângulo Roxo: Testemunhas de Jeová/Triângulo verde: criminosos comuns/ Triângulo amarelo: judeus.
As letras indicavam os países de procedência: F de França, U de Hungria, P de Polónia.

Triângulo roxo: usado para identificar os objetores de consciência como as Testemunhas de Jeová.
Uma foto que me chamou atenção foi esta:



A foto acima, é uma representação do momento em que os soldados atiram a comida para os presos que lutam entre si para apanhar o que podem. Vemos na ilustração os soldados a pisar e cães a atacar os presos. Para mim, é uma cena humilhante em que mostra o desespero para sobreviver no campo de concentração.

No subsolo da cozinha, podemos visitar um local que servia para os prisioneiros descascar batatas. É um local frio, amplo e vazio o que chama atenção são pinturas como estas:



Segui em frente e depois de passar pelo muro em que se encontra documentos que relatam os assassinatos no campo, cheguei ao Memorial das Vítimas do campo de concentração.



Monumento em memória das Vítimas do campo de concentração de Sachsenhausen de 1936 - 1945

Quando comecei a ler e ver as fotos fiquei ainda mais estarrecido a pensar o que levaria alguém a planejar a morte de milhões de pessoas e como seriam tratadas antes, durante e depois da sua morte.

Fornos crematórios- milhares de pessoas foram vítimas de tamanha barbárie

Depois da morte na câmara de gás os corpos eram incinerados.
Olhei esta foto e fiquei curioso em saber de quem se tratava.




Este era Paul Sakowsky, um dos prisioneiros do campo que passou a ajudar a SS e maltratou presos tornando-se um carrasco. Foi designado a cuidar da câmara de execução e assim incinerou cerca de 30 mil presos. Ele foi condenado a prisão perpétua e a trabalho forçado e faleceu em 2006.

Os executados pelos nazistas: combatentes da resistência, Testemunhas de Jeová e condenados por tribunais nazistas

Os dentes dos presos eram arrancados antes dos corpos serem incinerados.

Em 22 de abril de 1961 foi inaugurado o Memorial de Sachsenhausen com uns 40 metros de altura. Nesta mesma data em 1945, ocorreu a Marcha da Morte, onde milhares de judeus presos saíram sem rumo ou se deslocaram para regiões onde a resistência nazista era maior. Muitos morreram em florestas , em zonas rurais em razão do frio congelante e exaustos. Ou seja, não tiveram um enterro digno.O objetivo era que o maior número possível de pessoas viessem a morrer e assim, poupava a SS em gastar com o transporte de milhares de presos, como também não deixar vestígios das mortes.

Monumento em lembrança e comemoração aos prisioneiros do campo erguido em 1961



Alguns dos prisioneiros que foram mortos em Sachsenhausen por se recusarem a pegar em armas e apoiar o regime de Adolf Hitler:

Gustav Burchner


Era um fazendeiro e barbeiro que se tornou Testemunha de Jeová e devido às suas convicções religiosas foi morto no campo de Sachsenhausen em 1939 de causas desconhecidas.

August Dickmann

Primeira Testemunha de Jeová morta em Sachsenhausen

August Dickman era Testemunha de Jeová e Heinrich Himmler, chefe da SS, ordenou a sua morte por fuzilamento à frente de todos os presos por ele se recusar a prestar serviço militar em apoio ao nazismo devido à sua crença religiosa. Sua história pode ser ouvida no audioguia e há no muro do campo os documentos que ele deveria assinar e renunciar a sua fé, algo que não fez.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Lembrando a História das Testemunhas de Jeová

Fotos da Era Russell




Em 1911:





1911 Convenção:

















Em 1912, França:








Na pirâmide de Giza, Egipto:




Charles Taze Russell subindo a pirâmide de Giza, Egipto:









Multidões de Estudantes da Bíblia saúdam o Pastor Russell em Shasta Springs, Califórnia, em 1911:



Esta foto mostra  Charles Taze Russell (sentado ao centro), possivelmente com os homenss que  se uniram numa viagem mundial em 1911. Incluem: Ernest Wilson V. Kuehn, general Willima P. Hall, Robert B. Maxwell, J.T.D. Pyles, Dr. Leslie W. Jones, e o profesor F.B. Thompson.


Charles Taze Russell em 1910, segurando o seu chapéu de copa:


Charles Taze Russell e o general W. Hall, 1911:
























Charles T. Russell, numa reunião presidindo na Casa Bíblica de Brooklyn.

Russell no seu estudo:














Na Polónia 1916:



Estudantes polacos da Bíblia, Michigan, 1917, no início da WT, refletindo nos seus rostos  os dias difíceis que enfrentavam, como apoiantes de J. F. Rutherford:







Assistentes do Foto Drama da Criação, New York, 1914:




Produção do Foto Drama da Criação:




Charles Taze Russell no automóvel:


Em 1913:





























Sala de leitura no Templo de Chicago, 1913. Observa-se o quadro de C.T. Russell ao fundo da parede:





      Fonógrafo para o Foto-Drama da Criação, Templo de Chicago, foto de 1913





Charles Taze Russell discursando perante um grupo de pessoas:












Charles Taze Russell discursando perante 4.200 judeuos entusiastas, no Theatre Hippodrome, New York, em 09 de outubro de 1910:

Mesma imagem a cores:

The Evening News, Abril 10, 1911: Sermão de Charles T. Russell no Royal Albert Hall, Londres:






Caricatura de Russell extraído do diário Eagle de Nova York:



































Alton Bay Conferência: 


Russell, Barbour, Paton, Adams assistiram a estas conferencias em 1877 e 1878.

Convite de Natal de 25 de dezembre de 1916 da parte de Charles Taze Russell, e texto bíblico para 1917:

Cancioneiro que se vendia com a WT Magazine na década de 1890:





Charles Taze Russell num baptismo na Assembleia de Columbus Ohio, 03 de julho de 1914:



Última foto de Charles Taze Russell, em 07 de outubro de 1916:


A.H. Macmillan




Menta Sturgeon quem acompanhou nas suas últimas horas a Charles Taze Russell em 1916:


A.I. Ritchie


Este é o Hotel Gálvez, Galveston , Texas. A letra A, com uma seta, assinala o departamento de Charles Taze Russell e B, com uma seta, indica o local onde Charles Taze Russell tomou a sua última ceia da sua vida.



Este mesmo Hotel na atualidade:



Federal Street em 1911, o negócio de Russell é o primeiro edifício da direita:


A Casa da Bíblia em 1937 (4to depto. do edifício da direita):



Quincy Hall, em 1911, ou "quarto sujo", onde Charles T. Russell ouviu pela primeira vez Jonas Wendell. Na foto é a loja com o barbeiro bar em St. Leacock 127, Allegneny, que também foi muito perto de Charles T. Russell negócio. Discursou aqui também Stetson:








Biblia de Charles T. Russell:




Foto da morte de Charles Taze Russell:

Maria Russell na sepultura de seu marido CTR: Eles são, à primeira vista Maria Russell, e a esposa de Joseph Lytel Russell, Emma, com quem Maria viveu até sua morte.


Sepultura de C T Russell:




Joseph L. Russell, o pai de C. T. Russell:


A mãe de C.T. Russell: Ann Eliza Briney Russell

Visitando o túmulo de Charles Taze Russell:
O segundo homem da esquerda é Andrew Pierson - tornou-se o vice-presidente por um tempo muito curto. O homem à direita é Adam J Bohnet. Ele viveu na casa do sacristão no canto inferior direito. Segundo o jornal St Paul Empresa esta era originalmente a fazenda Russell, provavelmente do tio de Charles T. Russell, Charles Tays Russell. Imagino que a fotografia é de Bohnet Pierson a mostrar aos visitantes o que estava a acontecer na preparação do funeral de Charles T. Russell.



Havia apenas uma Igreja Congregacional em Allegheny, em 1868. Este homem era pastor. Ele permaneceu como a única Igreja Congregacional em Allegheny City, em 1875. Poderá ter sido o pastor de Charles T. Russell.



William Van Amburgh:





Assembleia em 1908:




Paul S L. Johnson:



J.F. Rutherford:


Clayton Woodworth


Norman Woodworth:


John H Paton:


John H Paton e a sua família:


Jonas Wendell:


Dissolução de uma sociedade de CT Russell em 18 de setembre de 1889, "Russell & Co.":

Um tratado Anti-Watchtower, Libéria 1887


N H Barbour como médico electricista:






Alguns cartões de CT Russell:



Cartões de JF Rutherford:


Postal a anunciar o Foto Drama no templo de Chicago:


A Grande Tenda Milerita 1844-1845:



Charles Taze Russell no Monte das Oliveiras, foto tirada em 24 de abril de 1910:



Quadro da WT Magazine de 1909:


Casa de Maria Russell, na Flórida:


A Carneghie Hall:


Peregrino de Grã Bretanha quando C.T. Russell viajou a esse País: Benjamin H. Burton 



Imagens do Foto-Drama da Criação:



















































Convenção - 1920


Símbolo das Publicações dos Estudantes da Bíblia:



Josef Kiss e Karl Szabo, dois missionários dos Estudantes da Bíblia dos Estados Unidos que regressaram a sua terra nativa, Transilvânia, em 1911 para proclamar a "verdade".  Alguns detalhes da sua atividade deste País que puderam falar na Watchtower de Agosto de 1909 (R. 4450), Outubro de 1913 (R. 5337), Julho de 1915 (R. 5728).


Estudantes Internacionais da Bíblia da Índia, as notícias da sua atividade neste País, onde puderam falar na Watchtower de Abril de 1910 (R. 4594), Maio de 1911 (R. 4814-4815), Julho de 1911 (R. 4848-4849), Outubro de 1911 (R. 4895).






F. Franz em 1914:








Família de Betel, Bremen, Alemanha, 1914:


Este é Conrad C. Binkele, nomeado por C.T. Russell a cargo de la obra na Europa, Alemanha, Holanda e Suiça em junho de 1916:






Documentos da WTBTS aos Estudantes da Bíblia na Alemanha, Suiça e Holanda, 1916:
Destaca-se o refrão popular por parte de C. T. Russell: "Errar é humano; perdoar, Divino" 









                            Edifício com auditório e salas de reuniões para os Estudantes da Bíblia, Zurick:



                                                           Família de Betel, Berna, Alemanha:

Refeitório de Betel, Magdeburgo, Alemanha:


Hanna Binkele, esposa de Conrad Binkele, em Dresden, Alemanha: